Autárquicas: “A CDU faz falta na câmara com sua voz crítica e as suas propostas”, Maria João Gonçalves
Sociedade » 2017-09-25Candidata da CDU à Câmara Municipal da Barquinha
Como avalia o exercício do actual presidente neste último mandato (2013-2107)? Aponte alguns aspectos que não tenham corrido bem e como teria agido se fosse presidente da câmara.
Antes de mais, uma gestão CDU é uma gestão diferente da que aconteceu no último ciclo. Trabalho, Honestidade e Competência são os nossos pilares, o que nos distingue dos outros! Diremos que a Barquinha, nas últimas décadas, tem duas realidades muito distintas: bairros com crescimento demográfico apreciável, as zonas novas da Moita, Cardal e Barquinha, e o restante concelho com perda acentuada da população. Assim, predomina a desertificação do concelho.
Os ganhos populacionais não compensam o êxodo do concelho. Apesar de muita cosmética com diminuição de taxas e anúncios de novas superfícies comerciais, a verdade é que a zona industrial foi um fracasso e as actividades em vez de fluírem, desaparecem: o último exemplo é a caixa geral de depósitos que se prepara para encerrar portas. Os correios perderam valências na Atalaia, Praia do Ribatejo e na Barquinha, freguesias roubadas às populações. Extensas zonas do concelho não têm o saneamento básico resolvido e o ordenamento urbanístico caótico, sem normas de qualidade, muitas vezes verdadeiros atentados estéticos.
Passado o ciclo das grandes obras e do essencial dos fundos comunitários que panorama antevê para o seu concelho em termos de apostas de médio prazo?
Qual vai ser a sua agenda? No plano do Ordenamento do território: uma grande intervenção no domínio do ambiente, desde o saneamento básico ao ambiente urbano, aos espaços verdes ou a preservação do património natural; terminar a revisão do PDM, envolvendo sempre a população nesta discussão; no plano da regeneração urbana, avançar com as Áreas de Reabilitação Urbana num processo de reestruturação do edificado, respeitando a sua traça e as características históricas. No plano do desporto, mais e melhor desporto, um direito e um bem social. São as autarquias que, no essencial, têm assegurado as funções do Estado mas não devem substituir as associações na sua autonomia.
Para a CDU, a política cultural deve assentar no apoio segundo critérios de transparência; na formação de dirigentes e agentes associativos; valorização do património natural e edificado; promoção e divulgação da ciência e tecnologia; democratização do acesso, criação cultural e no apoio ao associativismo.
No plano do ambiente a CDU, fazendo jus à sua atuação, compromete-se a promover uma política para o ambiente baseado na sustentabilidade da natureza e qualidade de vida. Urge resolver os principais problemas do concelho herdados: tubagens de abastecimento de água de amianto, o fim de águas residuais (domésticos e outras) para o Tejo, utilização progressiva de energias renováveis e diminuição dos gastos energéticos. A mobilidade é de extrema importância.
A falta de mobilidade ou os condicionalismos provocados por esta situação motivam o abandono, a desertificação, a fixação das actuais e futuras gerações, o acesso aos serviços públicos e privados (saúde, educação, segurança social, a banca, etc.). Continuamos a luta pela abolição de portagens na A23 e A13 e alargamento da oferta pública de transportes rodoferroviários no concelho.
No plano da descentralização, reforçar a acção das freguesias. As assimetrias entre algumas freguesias do nosso concelho têm-se acentuado nos últimos anos: no caso concreto da Praia do Ribatejo, é evidente entre os próprios lugares dessa mesma freguesia (Limeiras, Madeiras, Cafuz) que, devido à distância e ao encerramento ou diminuição dos serviços públicos (saúde, correios, escolas), vêem agravado o seu isolamento.
Se for eleita, indique cinco medidas de realização imediata para os primeiros três meses e outras tantas de cariz estruturante ou grandes investimentos de que o concelho necessite.
Mais imediato... serviços de qualidade nas áreas de limpezas espaços verdes, saneamento e para isso é necessário reforço dos meios humanos e dos meios materiais na autarquia; trabalhadores com competências contrariando a precariedade, reforço dos meios técnicos que se foram degradando ao longo dos anos e não foram substituídos; alargar as áreas de verde urbano, parques/ jardins para oferta de lazer, aproveitando as margens do Tejo com trilhos, passadiço e abertura ao lazer, salvaguardando, sempre, os ecossistemas – uma preocupação maior; investir na iluminação e na poupança energética; e é urgente a renovação da sinalética vertical e horizontal que não tem sido objecto do cuidado necessário, porquê?
Por falta de investimento nesta área. Mais a longo prazo, integrar o Castelo Almourol nos roteiros temáticos dos templários (Convento de Cristo, Quinta da Cardiga e Dornes e outros outros); investir mais na divulgação e criação cultural no concelho
Autárquicas: “A CDU faz falta na câmara com sua voz crítica e as suas propostas”, Maria João Gonçalves
Sociedade » 2017-09-25Candidata da CDU à Câmara Municipal da Barquinha
Como avalia o exercício do actual presidente neste último mandato (2013-2107)? Aponte alguns aspectos que não tenham corrido bem e como teria agido se fosse presidente da câmara.
Antes de mais, uma gestão CDU é uma gestão diferente da que aconteceu no último ciclo. Trabalho, Honestidade e Competência são os nossos pilares, o que nos distingue dos outros! Diremos que a Barquinha, nas últimas décadas, tem duas realidades muito distintas: bairros com crescimento demográfico apreciável, as zonas novas da Moita, Cardal e Barquinha, e o restante concelho com perda acentuada da população. Assim, predomina a desertificação do concelho.
Os ganhos populacionais não compensam o êxodo do concelho. Apesar de muita cosmética com diminuição de taxas e anúncios de novas superfícies comerciais, a verdade é que a zona industrial foi um fracasso e as actividades em vez de fluírem, desaparecem: o último exemplo é a caixa geral de depósitos que se prepara para encerrar portas. Os correios perderam valências na Atalaia, Praia do Ribatejo e na Barquinha, freguesias roubadas às populações. Extensas zonas do concelho não têm o saneamento básico resolvido e o ordenamento urbanístico caótico, sem normas de qualidade, muitas vezes verdadeiros atentados estéticos.
Passado o ciclo das grandes obras e do essencial dos fundos comunitários que panorama antevê para o seu concelho em termos de apostas de médio prazo?
Qual vai ser a sua agenda? No plano do Ordenamento do território: uma grande intervenção no domínio do ambiente, desde o saneamento básico ao ambiente urbano, aos espaços verdes ou a preservação do património natural; terminar a revisão do PDM, envolvendo sempre a população nesta discussão; no plano da regeneração urbana, avançar com as Áreas de Reabilitação Urbana num processo de reestruturação do edificado, respeitando a sua traça e as características históricas. No plano do desporto, mais e melhor desporto, um direito e um bem social. São as autarquias que, no essencial, têm assegurado as funções do Estado mas não devem substituir as associações na sua autonomia.
Para a CDU, a política cultural deve assentar no apoio segundo critérios de transparência; na formação de dirigentes e agentes associativos; valorização do património natural e edificado; promoção e divulgação da ciência e tecnologia; democratização do acesso, criação cultural e no apoio ao associativismo.
No plano do ambiente a CDU, fazendo jus à sua atuação, compromete-se a promover uma política para o ambiente baseado na sustentabilidade da natureza e qualidade de vida. Urge resolver os principais problemas do concelho herdados: tubagens de abastecimento de água de amianto, o fim de águas residuais (domésticos e outras) para o Tejo, utilização progressiva de energias renováveis e diminuição dos gastos energéticos. A mobilidade é de extrema importância.
A falta de mobilidade ou os condicionalismos provocados por esta situação motivam o abandono, a desertificação, a fixação das actuais e futuras gerações, o acesso aos serviços públicos e privados (saúde, educação, segurança social, a banca, etc.). Continuamos a luta pela abolição de portagens na A23 e A13 e alargamento da oferta pública de transportes rodoferroviários no concelho.
No plano da descentralização, reforçar a acção das freguesias. As assimetrias entre algumas freguesias do nosso concelho têm-se acentuado nos últimos anos: no caso concreto da Praia do Ribatejo, é evidente entre os próprios lugares dessa mesma freguesia (Limeiras, Madeiras, Cafuz) que, devido à distância e ao encerramento ou diminuição dos serviços públicos (saúde, correios, escolas), vêem agravado o seu isolamento.
Se for eleita, indique cinco medidas de realização imediata para os primeiros três meses e outras tantas de cariz estruturante ou grandes investimentos de que o concelho necessite.
Mais imediato... serviços de qualidade nas áreas de limpezas espaços verdes, saneamento e para isso é necessário reforço dos meios humanos e dos meios materiais na autarquia; trabalhadores com competências contrariando a precariedade, reforço dos meios técnicos que se foram degradando ao longo dos anos e não foram substituídos; alargar as áreas de verde urbano, parques/ jardins para oferta de lazer, aproveitando as margens do Tejo com trilhos, passadiço e abertura ao lazer, salvaguardando, sempre, os ecossistemas – uma preocupação maior; investir na iluminação e na poupança energética; e é urgente a renovação da sinalética vertical e horizontal que não tem sido objecto do cuidado necessário, porquê?
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