O Almonda Parque reabre esta sexta-feira, dia 27, e será de utilização gratuita pelo menos até ao início de 2016, pretendendo o município iniciar a sua rentabilização “o mais rápido possível”, disse o presidente da autarquia Pedro Ferreira.

O pagamento das tarifas não será feito antes de se aprovar o regulamento de utilização do parque e do tarifário que será “bem diferente do anterior”, reforçou Pedro Ferreira esta quinta-feira, numa breve apresentação das ideias do executivo da maioria socialista para este equipamento.

O autarca frisou que a gratuitidade do parque de estacionamento não será eterna e adiantou que serão criadas diversas modalidades de avenças, para comerciantes, moradores e serão estabelecidos protocolos com empresas e outras entidadesDepois de testados todos os equipamentos e verificado o seu bom estado, procedeu-se a limpezas e (nesta sexta-feira) estava a ser instalado o sistema de videovigilância, estando tudo apostos para reabertura do parque.

O período de funcionamento do parque semi-enterrado vai das 7 às 24 horas, durante os sete dias da semana. Apesar de os utilizadores estarem, para já, isentos do pagamento das tarifas, será necessário retirar um ticket ao entrar no parque. Um mecanismo que vai ajudar os técnicos a perceberem quais os dias e as horas de maior fluxo.

Recorde-se que o parque de estacionamento foi construído pela Lena Construções, empresa que venceu o concurso de concepção e exploração do Parque Almonda. Abriu em finais de 2010 e, sensivelmente três anos depois, e com resultados financeiros altamente negativos, a empresa decidiu-se pelo fecho do parque depois de diversos avisos feitos ao município, alegando a empresa que este não estaria a cumprir com todas as suas obrigações que estariam plasmadas no contrato.

O processo seguiu os seus trâmites na justiça e, na sentença proferida, o município foi condenado a pagar 1,9 milhões pelo equipamento, que reverteu para a sua posse.
Até final deste ano a autarquia terá de pagar 300 mil euros e, até Maio de 2016, terão de ser transferidos os restantes 1 milhão e 600 mil euros.

Pedro Ferreira diz que há condições para fazer esse pagamento e sublinha que nos mais de 20 anos que está no executivo a autarquia sempre conseguiu honrar os compromissos. O autarca admite que esta verba vai comprometer “muito” o poder de execução do município “mas não será fatal para as obras de curto e médio prazo”.

Quando questionado sobre o que deixará de ser feito, Pedro Ferreira pefere enumerar obras que não serão afetectadas, como a reconversão do Convento do Carmo (obra que não estará concluída até final deste ano, como seria suposto), a construção da escola Manuel Figueiredo (uma obra de milhões e que é, em grande parte, suportada pelo Ministério da Educação. A cultura, acrescentou Pedro Ferreira, é uma área que não será afectada.

O parque de estacionamento tem 261 lugares para estacionamento e há mais 40 à superfície, na rua do Nogueiral - o estacionamento vai permanecer gratuito do mesmo modo -, até que nãos seja aprovado o tarifário.