GENTE DE CÁ E DE LÁ (18)
Sociedade » 2014-05-23
”Estava cansada de estar em casa depois de ter investido quatro anos a estudar”
Ana Rosa Ferreira, 25 anos, enfermeira, Reino Unido
Ana Rosa Ferreira é ainda muito jovem, tem apenas 25 anos acabados de fazer, e há já um ano que optou por mudar de país para conseguir trabalhar na área de formação que escolheu: a enfermagem. É natural de Torres Novas e licenciada pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. Durante cinco meses, procurou emprego em Portugal, e na ausência de respostas positivas entendeu que a emigração poderia ser uma opção. Está há pouco mais de um ano em Reading, no Reino Unido, a trabalhar num hospital. Com ela, partiram duas colegas de faculdade e cerca de 30 outros enfermeiros portugueses que não encontraram emprego no país que os formou.
As diferenças que encontrou notaram-se logo desde iníci ”Ao chegar, todos tivemos cerca de duas semanas de integração, os chamados ”study days”, onde ficámos a conhecer as políticas do hospital e as diferenças entre procedimentos. Tivemos ainda de fazer avaliações para podermos pôr em prática qualquer procedimento, algo que já tínhamos feito durante o curso. Aqui, o curso de enfermagem dura apenas 3 anos em vez de 4, e quando acabam o curso não têm tantos conhecimentos técnicos como nós. O trabalho em si tem muitas diferenças, principalmente em termos de papelada que temos de preencher. Conseguimos, no entanto, ter outras oportunidades, nomeadamente de crescer no domínio da enfermagem. Reparo, também, que a relação enfermeiro-médico é mais próxima” conta Ana Rosa.
Em termos salariais, a torrejana está igualmente contente: ”O ordenado base são cerca £1400, o que equivale a cerca de 1670 euros. Depois, conforme os turnos que trabalho e os extras, consigo ganhar mais. Os fins-de-semana e feriados são os turnos mais bem pagos e tenho ainda a hipótese de fazer turnos extra para o hospital em qualquer serviço, não necessariamente no meu, conforme a disponibilidade, que são pagos à parte do meu ordenado semanalmente”, continuou.
A multiculturalidade que se vive no hospital, já que grande parte do pessoal é estrangeiro, facilitou a integraçã ”No meu serviço, tenho enfermeiras e médicos de várias nacionalidades e uma vez que eles já passaram pela mesma situação que nós e sabem as dificuldades que temos de ultrapassar, ajudaram imenso na integração”. Uma integração que a língua dificultou: ”A língua é um entrave, sim, principalmente no início. Ainda não estava familiarizada com as pessoas e as rotinas, e era por vezes difícil perceber os vários sotaques encontrados, não tanto em termos dos doentes, mas mais em relação aos colegas e médicos. O pior mesmo era o telefone: quando tocava, tentava sempre fugir para não atender, com medo de não entender. De momento, sinto-me completamente à vontade… e já não fujo do telefone”, brinca Ana Ferreira.
Como qualquer emigrante, Ana sente saudades da comida – especialmente da da mãe, como diz - do sol e do calor. Apesar disso, sabe que emigrar foi a decisão certa: ”Já estava cansada de estar em casa sem fazer nada, depois de ter investido quatro anos da minha vida a estudar. Apesar de estar longe da família, dos amigos e do meu país, estou contente por poder estar a fazer o que gosto. E claro que pretendo a voltar a Portugal. Não sei quando, mas não me imagino a ficar neste país até à velhice”, concluiu.
GENTE DE CÁ E DE LÁ (18)
Sociedade » 2014-05-23”Estava cansada de estar em casa depois de ter investido quatro anos a estudar”
Ana Rosa Ferreira, 25 anos, enfermeira, Reino Unido
Ana Rosa Ferreira é ainda muito jovem, tem apenas 25 anos acabados de fazer, e há já um ano que optou por mudar de país para conseguir trabalhar na área de formação que escolheu: a enfermagem. É natural de Torres Novas e licenciada pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. Durante cinco meses, procurou emprego em Portugal, e na ausência de respostas positivas entendeu que a emigração poderia ser uma opção. Está há pouco mais de um ano em Reading, no Reino Unido, a trabalhar num hospital. Com ela, partiram duas colegas de faculdade e cerca de 30 outros enfermeiros portugueses que não encontraram emprego no país que os formou.
As diferenças que encontrou notaram-se logo desde iníci ”Ao chegar, todos tivemos cerca de duas semanas de integração, os chamados ”study days”, onde ficámos a conhecer as políticas do hospital e as diferenças entre procedimentos. Tivemos ainda de fazer avaliações para podermos pôr em prática qualquer procedimento, algo que já tínhamos feito durante o curso. Aqui, o curso de enfermagem dura apenas 3 anos em vez de 4, e quando acabam o curso não têm tantos conhecimentos técnicos como nós. O trabalho em si tem muitas diferenças, principalmente em termos de papelada que temos de preencher. Conseguimos, no entanto, ter outras oportunidades, nomeadamente de crescer no domínio da enfermagem. Reparo, também, que a relação enfermeiro-médico é mais próxima” conta Ana Rosa.
Em termos salariais, a torrejana está igualmente contente: ”O ordenado base são cerca £1400, o que equivale a cerca de 1670 euros. Depois, conforme os turnos que trabalho e os extras, consigo ganhar mais. Os fins-de-semana e feriados são os turnos mais bem pagos e tenho ainda a hipótese de fazer turnos extra para o hospital em qualquer serviço, não necessariamente no meu, conforme a disponibilidade, que são pagos à parte do meu ordenado semanalmente”, continuou.
A multiculturalidade que se vive no hospital, já que grande parte do pessoal é estrangeiro, facilitou a integraçã ”No meu serviço, tenho enfermeiras e médicos de várias nacionalidades e uma vez que eles já passaram pela mesma situação que nós e sabem as dificuldades que temos de ultrapassar, ajudaram imenso na integração”. Uma integração que a língua dificultou: ”A língua é um entrave, sim, principalmente no início. Ainda não estava familiarizada com as pessoas e as rotinas, e era por vezes difícil perceber os vários sotaques encontrados, não tanto em termos dos doentes, mas mais em relação aos colegas e médicos. O pior mesmo era o telefone: quando tocava, tentava sempre fugir para não atender, com medo de não entender. De momento, sinto-me completamente à vontade… e já não fujo do telefone”, brinca Ana Ferreira.
Como qualquer emigrante, Ana sente saudades da comida – especialmente da da mãe, como diz - do sol e do calor. Apesar disso, sabe que emigrar foi a decisão certa: ”Já estava cansada de estar em casa sem fazer nada, depois de ter investido quatro anos da minha vida a estudar. Apesar de estar longe da família, dos amigos e do meu país, estou contente por poder estar a fazer o que gosto. E claro que pretendo a voltar a Portugal. Não sei quando, mas não me imagino a ficar neste país até à velhice”, concluiu.
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