Morreu Joaquim da Silva Lopes (actualizada e corrigida)
Sociedade » 2019-01-17Funeral é amanhã, sábado, em Torres Novas, às 15 horas
Funeral realiza-se amanhã, sábado, com saída da casa mortuária de Torres Novas às 15 horas para o cemitério municipal, onde decorrerá pequena cerimónia às 15h30. Velório é amanhã, sábado, a partir das 9 horas da manhã.
Joaquim da Silva Lopes, primeiro director desta série do JORNAL TORREJANO, tinha 72 anos e era natural de Curvaceiras (Paialvo, Tomar).
Radicado em Torres Novas desde o início da década de 70 do século passado, residira entretanto durante alguns anos em Riachos, onde colaborou estreitamente com o jornal “O Riachense”, de que foi sub-director.
Frequentou os seminários de Santarém e de Almada, mas acabou por abandonar esse percurso no momento de continuar os estudos teológicos no seminário dos Olivais, onde não chegou a dar entrada.
Ainda com 17 anos, ofereceu-se como voluntário para a Força Aérea, aos 20 era furriel e aos 21 segundo-sargento, exercendo funções no gabinete de controlo aéreo da Base Aérea da Ota. Optou por abandonar a possibilidade da vida militar por recusar vir a participar na guerra colonial.
Após várias experiências profissionais em diversos ramos, que o levaram a percorrer o país de norte a sul, acabou por ingressar no Instituto de Emprego e Formação Profissional, em Tomar, mas em 1973, com o riachense Carlos Baleco, abria a delegação em Torres Novas, onde foi técnico de emprego durante décadas e granjeou grande simpatia junto de quem com ele se cruzou e dele levou sempre uma palavra amiga e de genuíno interesse pela resolução dos problemas dos mais desfavorecidos.
Desde muito cedo se interessou pela vida das pessoas que o rodeavam, tendo abraçado também, ainda muito novo, ideais políticos que advogavam a mudança social e a liberdade. Ainda na sua aldeia natal, começou por dinamizar um grupo de jovens ligado à paróquia, cujas realizações tiveram o condão de perturbar a ordem vigente. Vem daí, do boletim que produzia para esse grupo de jovens, o gosto pelos jornais e pelo jornalismo, tendo chegado, ainda muito novo, a ser correspondente de alguns diários nacionais.
A seguir ao 25 de Abril empenhou-se ainda mais na luta política, tendo sido um activo militante da UDP e de organizações ligadas à esquerda (foi eleito, em 1982, para a assembleia de freguesia de Riachos), mas acabaria por desinteressar-se da política activa ainda na década de 80, para optar por projectos cívicos e associativos (esteve, por exemplo, na direcção da SOPOVO, cooperativa de habitação económica de Riachos, para onde foi residir em 1981 até aos anos 90).
Depois de ter participado na fase de relançamento de “O Riachense”, ainda o jornal de Riachos era um mensário (foi sub-director entre 1982 e 1986), integrou desde início a equipa fundadora do JORNAL TORREJANO, em 1992, que poria o jornal nas bancas em 1994. Foi o primeiro director do jornal e foi no periódico torrejano que pôde dar largas ao seu enorme talento jornalístico, que aliava a uma cultura enciclopédica, dando corpo a páginas e páginas de grandes entrevistas, reportagens e crónicas.
Nos anos em que esteve ao serviço do JORNAL TORREJANO foi um grande formador de muitos jornalistas que passaram por esta casa, dado o nível raro e extraordinário com que dominava as artes da escrita e os segredos da utilização escrita da língua portuguesa, resultante dos seus conhecimentos de etimologia e filologia. Mas, os seus saberes iam muito para além dos relacionados com escrita e jornais: Joaquim da Silva Lopes era uma pessoa ávida pelo conhecimento e espantava-se permanentemente com a aventura humana do conhecimento. Por isso, era uma grande leitor, um entusiástico leitor e nos últimos anos continuava a partilhar com os mais próximos as suas contínuas “descobertas”.
Amava a música: era capaz, ainda hoje, de cantar dezenas de canções inteiras, letras sem falha, dos Beatles (uma grande paixão) e de outros grupos e cantores da sua juventude, também franceses e italianos, de que compilava cadernos quando jovem, num tempo em que os discos não traziam escritos.
O Joaquim da Silva Lopes, o “nosso director”, o Quim, foi encontrado sem vida na noite de ontem junto à barragem do Castelo do Bode. Deixa-nos, a nós e à família, consternados, e uma imensa tristeza instalada nos nossos corações.
Morreu Joaquim da Silva Lopes (actualizada e corrigida)
Sociedade » 2019-01-17Funeral é amanhã, sábado, em Torres Novas, às 15 horas
Funeral realiza-se amanhã, sábado, com saída da casa mortuária de Torres Novas às 15 horas para o cemitério municipal, onde decorrerá pequena cerimónia às 15h30. Velório é amanhã, sábado, a partir das 9 horas da manhã.
Joaquim da Silva Lopes, primeiro director desta série do JORNAL TORREJANO, tinha 72 anos e era natural de Curvaceiras (Paialvo, Tomar).
Radicado em Torres Novas desde o início da década de 70 do século passado, residira entretanto durante alguns anos em Riachos, onde colaborou estreitamente com o jornal “O Riachense”, de que foi sub-director.
Frequentou os seminários de Santarém e de Almada, mas acabou por abandonar esse percurso no momento de continuar os estudos teológicos no seminário dos Olivais, onde não chegou a dar entrada.
Ainda com 17 anos, ofereceu-se como voluntário para a Força Aérea, aos 20 era furriel e aos 21 segundo-sargento, exercendo funções no gabinete de controlo aéreo da Base Aérea da Ota. Optou por abandonar a possibilidade da vida militar por recusar vir a participar na guerra colonial.
Após várias experiências profissionais em diversos ramos, que o levaram a percorrer o país de norte a sul, acabou por ingressar no Instituto de Emprego e Formação Profissional, em Tomar, mas em 1973, com o riachense Carlos Baleco, abria a delegação em Torres Novas, onde foi técnico de emprego durante décadas e granjeou grande simpatia junto de quem com ele se cruzou e dele levou sempre uma palavra amiga e de genuíno interesse pela resolução dos problemas dos mais desfavorecidos.
Desde muito cedo se interessou pela vida das pessoas que o rodeavam, tendo abraçado também, ainda muito novo, ideais políticos que advogavam a mudança social e a liberdade. Ainda na sua aldeia natal, começou por dinamizar um grupo de jovens ligado à paróquia, cujas realizações tiveram o condão de perturbar a ordem vigente. Vem daí, do boletim que produzia para esse grupo de jovens, o gosto pelos jornais e pelo jornalismo, tendo chegado, ainda muito novo, a ser correspondente de alguns diários nacionais.
A seguir ao 25 de Abril empenhou-se ainda mais na luta política, tendo sido um activo militante da UDP e de organizações ligadas à esquerda (foi eleito, em 1982, para a assembleia de freguesia de Riachos), mas acabaria por desinteressar-se da política activa ainda na década de 80, para optar por projectos cívicos e associativos (esteve, por exemplo, na direcção da SOPOVO, cooperativa de habitação económica de Riachos, para onde foi residir em 1981 até aos anos 90).
Depois de ter participado na fase de relançamento de “O Riachense”, ainda o jornal de Riachos era um mensário (foi sub-director entre 1982 e 1986), integrou desde início a equipa fundadora do JORNAL TORREJANO, em 1992, que poria o jornal nas bancas em 1994. Foi o primeiro director do jornal e foi no periódico torrejano que pôde dar largas ao seu enorme talento jornalístico, que aliava a uma cultura enciclopédica, dando corpo a páginas e páginas de grandes entrevistas, reportagens e crónicas.
Nos anos em que esteve ao serviço do JORNAL TORREJANO foi um grande formador de muitos jornalistas que passaram por esta casa, dado o nível raro e extraordinário com que dominava as artes da escrita e os segredos da utilização escrita da língua portuguesa, resultante dos seus conhecimentos de etimologia e filologia. Mas, os seus saberes iam muito para além dos relacionados com escrita e jornais: Joaquim da Silva Lopes era uma pessoa ávida pelo conhecimento e espantava-se permanentemente com a aventura humana do conhecimento. Por isso, era uma grande leitor, um entusiástico leitor e nos últimos anos continuava a partilhar com os mais próximos as suas contínuas “descobertas”.
Amava a música: era capaz, ainda hoje, de cantar dezenas de canções inteiras, letras sem falha, dos Beatles (uma grande paixão) e de outros grupos e cantores da sua juventude, também franceses e italianos, de que compilava cadernos quando jovem, num tempo em que os discos não traziam escritos.
O Joaquim da Silva Lopes, o “nosso director”, o Quim, foi encontrado sem vida na noite de ontem junto à barragem do Castelo do Bode. Deixa-nos, a nós e à família, consternados, e uma imensa tristeza instalada nos nossos corações.
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