A CDU apresentou no sábado, 15 de Julho, os candidatos às Juntas de Freguesia do concelho de Torres Novas. A novidade é a candidatura a todas as 10 freguesias, incluindo Chancelaria, um território sempre difícil para os comunistas.

Carlos Tomé, mandatário da candidatura às autárquicas de 1 de Outubro (e vereador que foi por mais de 20 anos) lembrou os candidatos da importância do papel do autarca das freguesias: “Todos sabemos que se passa a mensagem de que as Juntas não contam, uma tendência que faz congregar tudo num único órgão - a Câmara. Esta ideia influencia tudo o que nós pensamos – ‘apresentamos propostas nas assembleias de freguesia e nada acontece’ - mas não é bem assim. O simples facto de haver uma alternativa é importante”, incentivou Tomé, que continuou: “Com esta aglutinação de freguesias, as pessoas aperceberam-se da falta que a Junta faz. Os autarcas fazem pressão, representam as populações politicamente. Não têm autonomia para muita coisa, mas podem representar as populações junto da Câmara. Se o nosso trabalho resulta ou não, já nos ultrapassa. Mas tentámos”, concluiu o mandatário.

Filipa Rodrigues critica gestão socialista
Recorde-se que a CDU havia já apresentado as suas listas à Câmara e Assembleia Municipal. Filipa Rodrigues, actual vereadora no executivo torrejano, encabeça à lista à Câmara. Nuno Guedelha, que sucede a Filipa Rodrigues no actual mandato, surge nestas eleições como cabeça-de-lista à Assembleia Municipal.

Na apresentação, Filipa Rodrigues elogiou os candidatos às Juntas: “Tenho, antes de mais, que valorizar os candidatos. Esta gente está disposta a trabalhar no desenvolvimento estratégico do concelho”, enalteceu a vereadora comunista, não se poupando a críticas ao actual executivo local: “Fala-se muito no candidato mais bem preparado. Mas o que é isto do candidato mais bem preparado? Supostamente ganhou o mais preparado, porque já estava há 20 anos no poder. Ao que é que isso nos levou? Só há duas políticas em Torres Novas: a do “nim”: dizem sim, mas depois não fazem nada, e a do “ralentin”, em que anda, anda, anda por ser útil a alguém. Esta última pode ser o caso da Ribeira da Boa Água. Alguém braceja, mas ninguém resolve!”. Nas medidas tomadas nos últimos quatro anos pelo actual executivo para alegadamente ajudar as juntas, Filipa Rodrigues recorda acordos mal-amanhados e um orçamento participativo que foi uma falácia e que apenas serviu para criar expectativas às freguesias.

“Na CDU fazemos política discreta com resultados visíveis”, garantiu ainda a vereadora comunista, lembrando algumas das propostas da CDU que no último mandato aproximaram a Câmara das populações: “Por proposta da CDU realizámos reuniões descentralizadas. Fomos a todas as freguesias, os autarcas aproximaram-se da população, ouviram os seus problemas e apresentaram soluções. E no caso da estação elevatória da Ribeira Branca: se a CDU não levantasse a questão, teríamos mais um crime patrimonial nas margens do Almonda”, recordou a autarca e candidata.

“Nos próximos tempos vão ouvir-nos falar do que fizemos e vamos fazer, falar com paixão do projecto autárquico. Porque nós temos um projecto e não apenas ideias”, concluiu Filipa Rodrigues.

Candidatos às freguesias

Assentis: Anadora Faria Silva, auxiliar de acção médica

Chancelaria: ainda por apresentar

Meia Via: Carlos Jorge Rodrigues Nunes, professor

Olaia e Paço: Paulo Manuel Correia Rosa, motorista

Pedrógão: Tânia Sofia Vicente, professora

Riachos: Carlos Manuel Duarte, operador principal de hipermercado

Alcorochel, Brogueira e Parceiros de Igreja: Esmeralda Moita, farmacêutica

Santa Maria, salvador e Santiago: Marta José Guerra Silva, tradutora

S. Pedro, Lapas e Ribeira Branca: Sérgio Formiga

Zibreira: Rui Alexandre Fojo Caetano, gestor comercial