Brio
Opinião » 2020-01-09 » Rui Anastácio"Cheguei de terras nipónicas zangado com o meu país"
“Um café bem tirado e com bons modos.”
Fiquei com esta frase na cabeça. Foi dita em tom brincalhão por uma Senhora septuagenária, algures num quiosque à beira mar plantado. Uma forma simples e simpática de pedir competência e brio profissional.
Escrever sobre brio profissional parece algo bastante maçador e sem graça. Revela, no mínimo, que quem escreve será certamente um pré geração y. Não estou a ver um milénico a falar de brio profissional, é muito má onda.
Como um dia não são dias, vou ser por breves minutos millenial. Não vou fazer apenas o que me apetece, vou também falar do que me apetece. Apetece-me falar sobre brio profissional!
Cheguei de terras nipónicas zangado com o meu país. Por lá, um cobrador de bilhetes de comboio com 25 anos de idade revela um brio profissional comovente e, como se isso não bastasse, por lá come-se maravilhosamente. Em todos os sítios onde tinha estado até hoje, o brio profissional era inversamente proporcional à qualidade da comida. Encontrei finalmente o paraíso na terra.
Peço desculpa pela lamechice, mas tenho passado uma boa parte da minha vida a conviver com carpinteiros, serralheiros, janeleiros, piscineiros e outros mentirosos.
Felizmente, não estou sozinho. O ministro Silva está do meu lado, preocupado que está com o brio profissional e a competência dos nossos empresários. Um ministro que tem no seu curriculum vitae dois governos Sócrates, inteirinhos. Está, indubitavelmente, capacitado para comentar a competência dos nossos empresários.
Por empresários entendo aqueles desgraçados, honestos, que trabalham até ao limite das suas forças para cumprirem com as suas obrigações e viverem dignamente. Ao mesmo tempo que arrancam Portugal da bancarrota. Tudo coisas de pouca relevância e de muito má onda.
É isso e o brio profissional, de que acabei por não falar. Fica para a próxima.
Brio
Opinião » 2020-01-09 » Rui AnastácioCheguei de terras nipónicas zangado com o meu país
“Um café bem tirado e com bons modos.”
Fiquei com esta frase na cabeça. Foi dita em tom brincalhão por uma Senhora septuagenária, algures num quiosque à beira mar plantado. Uma forma simples e simpática de pedir competência e brio profissional.
Escrever sobre brio profissional parece algo bastante maçador e sem graça. Revela, no mínimo, que quem escreve será certamente um pré geração y. Não estou a ver um milénico a falar de brio profissional, é muito má onda.
Como um dia não são dias, vou ser por breves minutos millenial. Não vou fazer apenas o que me apetece, vou também falar do que me apetece. Apetece-me falar sobre brio profissional!
Cheguei de terras nipónicas zangado com o meu país. Por lá, um cobrador de bilhetes de comboio com 25 anos de idade revela um brio profissional comovente e, como se isso não bastasse, por lá come-se maravilhosamente. Em todos os sítios onde tinha estado até hoje, o brio profissional era inversamente proporcional à qualidade da comida. Encontrei finalmente o paraíso na terra.
Peço desculpa pela lamechice, mas tenho passado uma boa parte da minha vida a conviver com carpinteiros, serralheiros, janeleiros, piscineiros e outros mentirosos.
Felizmente, não estou sozinho. O ministro Silva está do meu lado, preocupado que está com o brio profissional e a competência dos nossos empresários. Um ministro que tem no seu curriculum vitae dois governos Sócrates, inteirinhos. Está, indubitavelmente, capacitado para comentar a competência dos nossos empresários.
Por empresários entendo aqueles desgraçados, honestos, que trabalham até ao limite das suas forças para cumprirem com as suas obrigações e viverem dignamente. Ao mesmo tempo que arrancam Portugal da bancarrota. Tudo coisas de pouca relevância e de muito má onda.
É isso e o brio profissional, de que acabei por não falar. Fica para a próxima.
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões » 2024-02-22 » Jorge Cordeiro Simões
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Avivar a memória - antónio gomes » 2024-02-22 » António Gomes Há dias atrás, no âmbito da pré-campanha eleitoral, visitei o lugar onde passei a maior parte da minha vida (47 anos), as oficinas da CP no Entroncamento. Não que tivesse saudades, mas o espaço, o cheiro e acima de tudo a oportunidade de rever alguns companheiros que ainda por lá se encontram, que ainda lá continuam a vender a sua força de trabalho, foi uma boa recompensa. |
Eleições, para que vos quero! - antónio mário santos » 2024-02-22 Quando me aborreço, mudo de canal. Vou seguindo os debates eleitorais televisivos, mas, saturado, opto por um filme no SYFY, onde a Humanidade tenta salvar com seus heróis americanizados da Marvel o planeta Terra, em vez de gramar as notas e as opiniões dos comentadores profissionais e partidocratas que se esfalfam na crítica ou no elogio do seu candidato de estimação. |
» 2024-02-28
» Hélder Dias
O Flautista de Hamelin... |
» 2024-03-08
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