O embondeiro de cada um
"O embondeiro é uma árvore fabulosa. Pela grandeza física..."
O embondeiro é uma árvore fabulosa. Pela grandeza física e pela grandeza interior. Mesmo em condições adversas, consegue reservar, dentro de si, o que é essencial à sua sobrevivência.
A literatura, por exemplo, tem recorrido à imagem do embondeiro para nos levar a refletir sobre alguns assuntos que dizem respeito a cada um de nós e a todos. Há, assim, várias leituras e significações para a imagem do embondeiro. Para uns, é símbolo do sagrado, um intermediário entre deus e o homem, um elemento protetor que tem vontade própria, algo que existe e dá força, alimenta a fé e a esperança. Para outros, é entendido como uma manifestação do maléfico, do destrutivo, uma árvore ao contrário, copa enterrada e raízes no ar. Tal como o mundo, porventura.
Para mim, como não me importo com os opostos, gosto de conciliar as imagens antagónicas, mas evocarei a imagem do embondeiro que me foi dada através do “Principezinho”. A verdade é que há, em qualquer planeta, ervas boas de sementes boas e ervas más de sementes más. Mas as sementes são sementes. São invisíveis e dormem no seio da terra até que alguma se lembre de acordar. Só depois é que se consegue perceber se as sementes eram boas ou más, consoante as ervas. E isto exige, de cada um de nós, uma atenção redobrada, na monda que nos temos de efetuar. O Principezinho diz-nos que é uma questão de disciplina o facto de assumirmos esta monda. É fácil quando o autocontrolo nos permite estar atentos e, assim, contemos o crescimento das ervas más. Porém, se nos descuidamos, as ervas más, daninhas, crescem e podem conduzir à nossa própria destruição. Imaginemos um planeta pequeno, como qualquer um de nós, completamente dominado e destruído pelas raízes do embondeiro sem monda que nos habita.
Pelo que se vê, ouve e sente, parece-me urgente cuidarmos do nosso embondeiro, não de forma pontual, mas sistemática, para não sermos apanhados de surpresa. Temos de estar atentos a todos os sinais, para evitarmos os riscos e os perigos. E atrever-me-ia a mais: além de cuidarmos do nosso embondeiro, há momentos em que temos de ajudar os nossos vizinhos com os seus embondeiros. Se algum dia estivermos nós atrapalhados, haverá alguém que nos ajuda também. Os embondeiros individuais, todos juntos, fazem uma floresta de embondeiros. E a floresta é bela e rica, precisamente, pelo conjunto das suas árvores e pela forma harmoniosa como interagem. Embondeiros individualistas e indiferentes não fazem a floresta, destroem a floresta. Temos de ter cuidado, por isso, com os embondeiros. Todo o cuidado é pouco!
(Nota: perdoar-me-ão, mas o texto é todo metafórico, ou seja, diz uma coisa para querer dizer outra…)
O embondeiro de cada um
O embondeiro é uma árvore fabulosa. Pela grandeza física...
O embondeiro é uma árvore fabulosa. Pela grandeza física e pela grandeza interior. Mesmo em condições adversas, consegue reservar, dentro de si, o que é essencial à sua sobrevivência.
A literatura, por exemplo, tem recorrido à imagem do embondeiro para nos levar a refletir sobre alguns assuntos que dizem respeito a cada um de nós e a todos. Há, assim, várias leituras e significações para a imagem do embondeiro. Para uns, é símbolo do sagrado, um intermediário entre deus e o homem, um elemento protetor que tem vontade própria, algo que existe e dá força, alimenta a fé e a esperança. Para outros, é entendido como uma manifestação do maléfico, do destrutivo, uma árvore ao contrário, copa enterrada e raízes no ar. Tal como o mundo, porventura.
Para mim, como não me importo com os opostos, gosto de conciliar as imagens antagónicas, mas evocarei a imagem do embondeiro que me foi dada através do “Principezinho”. A verdade é que há, em qualquer planeta, ervas boas de sementes boas e ervas más de sementes más. Mas as sementes são sementes. São invisíveis e dormem no seio da terra até que alguma se lembre de acordar. Só depois é que se consegue perceber se as sementes eram boas ou más, consoante as ervas. E isto exige, de cada um de nós, uma atenção redobrada, na monda que nos temos de efetuar. O Principezinho diz-nos que é uma questão de disciplina o facto de assumirmos esta monda. É fácil quando o autocontrolo nos permite estar atentos e, assim, contemos o crescimento das ervas más. Porém, se nos descuidamos, as ervas más, daninhas, crescem e podem conduzir à nossa própria destruição. Imaginemos um planeta pequeno, como qualquer um de nós, completamente dominado e destruído pelas raízes do embondeiro sem monda que nos habita.
Pelo que se vê, ouve e sente, parece-me urgente cuidarmos do nosso embondeiro, não de forma pontual, mas sistemática, para não sermos apanhados de surpresa. Temos de estar atentos a todos os sinais, para evitarmos os riscos e os perigos. E atrever-me-ia a mais: além de cuidarmos do nosso embondeiro, há momentos em que temos de ajudar os nossos vizinhos com os seus embondeiros. Se algum dia estivermos nós atrapalhados, haverá alguém que nos ajuda também. Os embondeiros individuais, todos juntos, fazem uma floresta de embondeiros. E a floresta é bela e rica, precisamente, pelo conjunto das suas árvores e pela forma harmoniosa como interagem. Embondeiros individualistas e indiferentes não fazem a floresta, destroem a floresta. Temos de ter cuidado, por isso, com os embondeiros. Todo o cuidado é pouco!
(Nota: perdoar-me-ão, mas o texto é todo metafórico, ou seja, diz uma coisa para querer dizer outra…)
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![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
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