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Democratizar a mobilidade

Opinião  »  2018-02-15  »  Nuno Curado

"Melhorar a mobilidade suave numa cidade aumenta a independência e liberdade"

Dada a sua dimensão, tenho cada vez mais a opinião de que Torres Novas teria muito a beneficiar com a promoção e melhoria das suas condições de mobilidade suave. Isto é, os meios de deslocação que não envolvem veículos motorizados, seja de bicicleta, a pé ou outro meio não motorizado. Sei que também há espaço para melhorias a nível do tráfego automóvel, nomeadamente no piso de algumas estradas, de alguns cruzamentos perigosos, e dos espaços de estacionamento na cidade. Mas o verdadeiro desafio é caminhar na direcção do aumento de alternativas viáveis ao uso diário do automóvel.

Melhorar a mobilidade suave numa cidade aumenta a independência e liberdade de movimentos dos seus habitantes. Reduzimos a nossa dependência em ter um automóvel e de conseguir conduzi-lo para conseguir ir às compras, chegar ao emprego a horas, ir buscar os filhos e passear ao fim-de-semana. Diminuímos a nossa conta de combustível no fim do mês e reduzem-se as emissões de gases com efeito de estufa. Este último, aliás, é um dos desafios mais importantes da nossa sociedade, dado os efeitos mais que comprovados sobre o clima na Terra. Depois, com menos carros, a diminuição da sinistralidade automóvel irá seguir-se. Segundo dados da Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária, 70% a 80% do total de acidentes com vítimas e 65% das vítimas mortais ocorrem dentro das localidades. Por fim, e a médio-prazo, algum do espaço actualmente dedicado aos carros podia ser libertado para outros usos.

E como lá chegar? Já estão a ser dados alguns passos nesse sentido em Torres Novas. Está prevista a implementação de ciclovias, no âmbito do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável. Eu acredito que estejam a ser pensadas de modo a serem, de facto, úteis para a mobilidade do dia-a-dia e não apenas para os passeios de fim-de-semana. Tão ou mais importante é a colocação de estacionamentos para bicicletas, sobretudo em zonas residenciais, de serviços e comerciais, para qualquer um de nós poder estacionar ou guardar uma bicicleta correctamente e em segurança.
Também espero que todas as obras previstas para a cidade tragam melhorias substanciais para a mobilidade a pé. Isto é significativo sobretudo para idosos, crianças, carrinhos de bebés e portadores de deficiências.

As melhorias essenciais passariam pela remoção de obstáculos dos passeios (como outdoors de publicidade, paragens dos TUT, caixotes do lixo, etc), pelo arranjo contínuo da calçada, e pelo correcto nivelamento dos passeios. Acho incrível como é que nos dias de hoje ainda existem passadeiras em Torres Novas (não conheço a situação fora da cidade, confesso) sem terem o devido nivelamento ao passeio… A passadeira em frente aos CTT talvez seja o exemplo mais óbvio. Em algumas ruas poder-se-ia também incluir uma faixa de pavimento liso, com menos atrito para cadeiras de rodas, carrinhos de bebé e pessoas com dificuldades de locomoção. Esta boa prática está já estabelecida tanto em grandes cidades como em aldeias históricas. Por fim, podia ponderar-se seriamente a criação de zonas mistas, com velocidade máxima de 30 km/h (por exemplo na Rua Miguel Bombarda e noutras no centro histórico).

Melhorar a mobilidade urbana é democratizar a cidade, tornando-a mais acessível a todos, independentemente da idade, capacidade para conduzir um carro próprio ou de eventuais limitações físicas.

 

 

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