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Os jornais são lixo

Opinião  »  2015-03-27  »  Ricardo Jorge Rodrigues

"A informação local é não só um forte meio de protesto e um bom veículo de informação entre as comunidades como, também, um suporte para as grandes publicações nacionais."

Os jornais são lixo. São acendalha para atear o lume, são embrulho para castanhas assadas no frio do inverno. São apêndice. Porque são incómodos.

É isto que nos têm dito ao longo dos tempos. Uma democracia que vai usando o lápis azul de forma subtil e escondida por detrás de um rosto que já não é o seu, não é uma democracia. Digo isto graças a uma mensagem que recebi, da direcção deste jornal, que indicava que devido à ”quebra de receitas de publicidade resultante da destruição das economias locais” o ”Torrejano” passará a ser publicado apenas duas vezes por mês.

É com muita pena que vejo tornar-se real algo que temia: a definhação cultural do nosso país. Mas, sejamos honestos, o que esperar de um país que não tem sequer um ministério para proteger a sua valiosa cultura? Nada. Não se pode esperar nada além da definhação.

O objectivo é simples, e já usado nos tempos do senhor da cadeira: tornar a população menos informada e menos interessada, criar a noção de que o que nos é dado a saber é suficiente, despertar o sentimento de que questionar não alterará nada. Tornar-nos instrumentos políticos irrelevantes.

A informação local é não só um forte meio de protesto e um bom veículo de informação entre as comunidades como, também, um suporte para as grandes publicações nacionais. Tudo isso está a ser ignorado, em nome do lucro.

Escreveu, há algumas décadas atrás, o saudoso Zeca Afons ”Mandadores de alta finança / Fazem tudo andar para trás / Dizem que o mundo só anda / Tendo à frente um capataz”. Um dia vamos acordar e perceber que somos apenas parte de uma máquina controlada pelos capatazes de que o Zeca falava. E, no entretanto, falhámos tudo neste Portugal à deriva.

Deixo, para terminar, uma mensagem de apoio àqueles que trabalham diariamente para que este jornal continue a ter vida. São eles que fazem com que estas páginas não sejam apenas o que os capatazes querem que seja: lixo.

 

 

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