O carreiro das cobras
Este caminho vai acabar. O alcatrão e o betão armado vão tomar o lugar do verde e daquela paisagem campestre que ali existe. Aliás, as árvores majestosas já estão marcadas para abate.
Lamento profundamente que as opções políticas sejam sempre neste sentido. Trata-se de optar entre o interesse público e o interesse privado. Só o Bloco de Esquerda votou contra esta opção.
Aquilo que em alguns locais é transformado em oportunidade, que neste caso é ter o campo dentro da cidade, protegendo o meio ambiente, assegurando um futuro com respeito pela natureza e permitindo às gerações futuras usufruírem de mais qualidade de vida, em Torres Novas o caminho é ao contrário, o cimento e o alcatrão são os ingredientes da paisagem ideal.
Julgo que outra dúvida legítima e pertinente se levanta: falo das prioridades dadas às obras, neste caso às obras de redes viárias. Quando existe um número significativo de estradas, em particular nas freguesias rurais do concelho em estado miserável, quando a Av. João Paulo II, principal artéria de entrada na cidade de Torres Novas se encontra à beira da rotura, quando a EN3 - ligação ao concelho vizinho, Entroncamento, se encontra quase intransitável, vai o município gastar mais de 223 mil euros na infraestruturação de uma estrada que não serve a ninguém. Trata-se de um loteamento, dizem. Mas mesmo assim, será que se justifica? Julgo que não.
Quanto ao procedimento de permuta de terrenos para o alargamento do ”carreiro”, também deveria ser melhor explicado. Tira-se de um lado (carreiro das cobras) e dá-se do outro (av. dos Negréus), mas é preciso dizer que estes terrenos privados, com a construção da via, valorizam nos dois extremos.
Mas a cidade perde.
O carreiro das cobras
Este caminho vai acabar. O alcatrão e o betão armado vão tomar o lugar do verde e daquela paisagem campestre que ali existe. Aliás, as árvores majestosas já estão marcadas para abate.
Lamento profundamente que as opções políticas sejam sempre neste sentido. Trata-se de optar entre o interesse público e o interesse privado. Só o Bloco de Esquerda votou contra esta opção.
Aquilo que em alguns locais é transformado em oportunidade, que neste caso é ter o campo dentro da cidade, protegendo o meio ambiente, assegurando um futuro com respeito pela natureza e permitindo às gerações futuras usufruírem de mais qualidade de vida, em Torres Novas o caminho é ao contrário, o cimento e o alcatrão são os ingredientes da paisagem ideal.
Julgo que outra dúvida legítima e pertinente se levanta: falo das prioridades dadas às obras, neste caso às obras de redes viárias. Quando existe um número significativo de estradas, em particular nas freguesias rurais do concelho em estado miserável, quando a Av. João Paulo II, principal artéria de entrada na cidade de Torres Novas se encontra à beira da rotura, quando a EN3 - ligação ao concelho vizinho, Entroncamento, se encontra quase intransitável, vai o município gastar mais de 223 mil euros na infraestruturação de uma estrada que não serve a ninguém. Trata-se de um loteamento, dizem. Mas mesmo assim, será que se justifica? Julgo que não.
Quanto ao procedimento de permuta de terrenos para o alargamento do ”carreiro”, também deveria ser melhor explicado. Tira-se de um lado (carreiro das cobras) e dá-se do outro (av. dos Negréus), mas é preciso dizer que estes terrenos privados, com a construção da via, valorizam nos dois extremos.
Mas a cidade perde.
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![]() Agora que nos estamos a aproximar, no calendário católico, da Páscoa, talvez valha a pena meditar nos versículos 36, 37 e 38, do Capítulo 18, do Evangelho de João. Depois de entregue a Pôncio Pilatos, Jesus respondeu à pergunta deste: Que fizeste? Dito de outro modo: de que és culpado? Ora, a resposta de Jesus é surpreendente: «O meu reino não é deste mundo. |
![]() Gisèle Pelicot vive e cresceu em França. Tem 71 anos. Casou-se aos 20 anos de idade com Dominique Pelicot, de 72 anos, hoje reformado. Teve dois filhos. Gisèle não sabia que a pessoa que escolheu para estar ao seu lado ao longo da vida a repudiava ao ponto de não suportar a ideia de não lhe fazer mal, tudo isto em segredo e com a ajuda de outros homens, que, como ele, viviam vidas aparentemente, parcialmente e eticamente comuns. |
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![]() Deveria seguir-se a demolição do prédio que foi construído em cima do rio há mais de cinquenta anos e a libertação de terrenos junto da fábrica velha Estamos em tempo de cheias no nosso Rio Almonda. |
![]() Enquanto penso em como arrancar com este texto, só consigo imaginar o fartote que Joana Marques, humorista, faria com esta notícia. Tivesse eu jeito para piadas e poderia alvitrar já aqui duas ou três larachas, envolvendo papel higiénico e lavagem de honra, que a responsável pelo podcast Extremamente Desagradável faria com este assunto. |
![]() Chegou o ano do eleitorado concelhio, no sistema constitucional democrático em que vivemos, dizer da sua opinião sobre a política autárquica a que a gestão do município o sujeitou. O Partido Socialista governa desde as eleições de 12 de Dezembro de 1993, com duas figuras que se mantiveram na presidência, António Manuel de Oliveira Rodrigues (1994-2013), Pedro Paulo Ramos Ferreira (2013-2025), com o reforço deste último ter sido vice-presidente do primeiro nos seus três mandatos. |
![]() Coloquemos a questão: O que se está a passar no mundo? Factualmente, temos, para além da tragédia do Médio Oriente, a invasão russa da Ucrânia, o sólido crescimento internacional do poder chinês, o fenómeno Donald Trump e a periclitante saúde das democracias europeias. |
![]() Nos últimos dias do ano veio a revelação da descoberta de mais um trilho de pegadas de dinossauros na Serra de Aire. Neste canto do mundo, outras vidas que aqui andaram, foram deixando involuntariamente o seu rasto e na viagem dos tempos chegaram-se a nós e o passado encontra-se com o presente. |