Voluntaria-te!
Opinião » 2015-01-30 » Afonso Borga
Distingui ”voluntariado” de ”ações voluntárias” porque o voluntariado necessita de uma componente essencial que o define, o compromisso, ou seja, o facto de se realizar uma atividade por um período de tempo de forma regular e constante. Uma vez por semana, por exemplo. Ao passo que uma ação voluntária pontual é, como o nome indica, pontual, não se estabelecendo nenhum compromisso entre o voluntário e a organização/comunidade.
Mas o que motiva uma pessoa a fazer voluntariado?
Várias vezes coloquei a mim próprio esta pergunta e cheguei a comentar com alguns amigos, que partilham do mesmo gosto pelo voluntariado, qual a razão de despenderem semanalmente umas horas em prol de uma causa. As conclusões não são muitas, mas as repostas são variadas: uns fazem-no porque é uma forma de se sentirem úteis, outros por acharem que esta é uma forma positiva de ocupar o tempo, há ainda os que vêm o voluntariado como uma forma de conhecerem realidades diferentes, ou por considerarem que estão a desenvolver competências como a responsabilidade ou a organização, e ainda os que sentem o voluntariado como um ”dever moral”.
Acabo por deixar esquecer o assunto, gosto de pensar que por vezes fazemos coisas sem termos uma razão para tal, e apenas porque consideramos que isso não só é benéfico para nós, mas acima de tudo para os outros. Assim, desde que o voluntariado seja realizado de livre vontade, sem qualquer imposição, e com o espírito adequado para mim qualquer justificação é certa e pertinente.
Há depois quem refira que fazer voluntariado é um ”egoísmo positivo”, porque fazemos algo que nos beneficia enquanto pessoas e cidadãos e que de certa forma nos alimenta o ego ao mesmo tempo que ajudamos alguém.
Muito se debate também que o voluntariado retira postos de trabalh relativamente a esta questão, importa realçar que o objetivo do trabalho de um voluntário deve ser o de complementar um trabalho existente, acrescentar-lhe alguma componente, e não substitui-lo.
O voluntariado pode ser benéfico, por exemplo, para jovens à procura do primeiro emprego, que, na maior parte das vezes, não têm qualquer experiência profissional e na medida em que possibilita a um jovem desenvolver e pôr em prática competências que foi aprendendo ao longo dos seus estudos.
apborga@live.com.pt
Voluntaria-te!
Opinião » 2015-01-30 » Afonso BorgaDistingui ”voluntariado” de ”ações voluntárias” porque o voluntariado necessita de uma componente essencial que o define, o compromisso, ou seja, o facto de se realizar uma atividade por um período de tempo de forma regular e constante. Uma vez por semana, por exemplo. Ao passo que uma ação voluntária pontual é, como o nome indica, pontual, não se estabelecendo nenhum compromisso entre o voluntário e a organização/comunidade.
Mas o que motiva uma pessoa a fazer voluntariado?
Várias vezes coloquei a mim próprio esta pergunta e cheguei a comentar com alguns amigos, que partilham do mesmo gosto pelo voluntariado, qual a razão de despenderem semanalmente umas horas em prol de uma causa. As conclusões não são muitas, mas as repostas são variadas: uns fazem-no porque é uma forma de se sentirem úteis, outros por acharem que esta é uma forma positiva de ocupar o tempo, há ainda os que vêm o voluntariado como uma forma de conhecerem realidades diferentes, ou por considerarem que estão a desenvolver competências como a responsabilidade ou a organização, e ainda os que sentem o voluntariado como um ”dever moral”.
Acabo por deixar esquecer o assunto, gosto de pensar que por vezes fazemos coisas sem termos uma razão para tal, e apenas porque consideramos que isso não só é benéfico para nós, mas acima de tudo para os outros. Assim, desde que o voluntariado seja realizado de livre vontade, sem qualquer imposição, e com o espírito adequado para mim qualquer justificação é certa e pertinente.
Há depois quem refira que fazer voluntariado é um ”egoísmo positivo”, porque fazemos algo que nos beneficia enquanto pessoas e cidadãos e que de certa forma nos alimenta o ego ao mesmo tempo que ajudamos alguém.
Muito se debate também que o voluntariado retira postos de trabalh relativamente a esta questão, importa realçar que o objetivo do trabalho de um voluntário deve ser o de complementar um trabalho existente, acrescentar-lhe alguma componente, e não substitui-lo.
O voluntariado pode ser benéfico, por exemplo, para jovens à procura do primeiro emprego, que, na maior parte das vezes, não têm qualquer experiência profissional e na medida em que possibilita a um jovem desenvolver e pôr em prática competências que foi aprendendo ao longo dos seus estudos.
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Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões » 2024-02-22 » Jorge Cordeiro Simões
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Avivar a memória - antónio gomes » 2024-02-22 » António Gomes Há dias atrás, no âmbito da pré-campanha eleitoral, visitei o lugar onde passei a maior parte da minha vida (47 anos), as oficinas da CP no Entroncamento. Não que tivesse saudades, mas o espaço, o cheiro e acima de tudo a oportunidade de rever alguns companheiros que ainda por lá se encontram, que ainda lá continuam a vender a sua força de trabalho, foi uma boa recompensa. |
Eleições, para que vos quero! - antónio mário santos » 2024-02-22 Quando me aborreço, mudo de canal. Vou seguindo os debates eleitorais televisivos, mas, saturado, opto por um filme no SYFY, onde a Humanidade tenta salvar com seus heróis americanizados da Marvel o planeta Terra, em vez de gramar as notas e as opiniões dos comentadores profissionais e partidocratas que se esfalfam na crítica ou no elogio do seu candidato de estimação. |
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