Cristianismo hoje, para quê?
Opinião » 2014-12-24 » Jorge Carreira Maia
Perante o actual estado de coisas, defendo a tese oposta. O Cristianismo é essencial para o Ocidente e, em particular, para a Europa. É um factor de conservação. Há que defendê-lo e ter a esperança que, onde a indiferença ou a negação religiosa tenham posto em causa o núcleo central dos valores cristãos, possa haver uma reversão. Três argumentos para defender esta tese.
Em primeiro lugar, se o mundo moderno, criado pelo Ocidente, tem uma natureza destrutiva, se tudo é, pela acção social e económica, constantemente destruído, então é necessário a existência de um núcleo de valores e de instituições que resistam, permaneçam e sirvam de referência aos homens e de elo entre as gerações. Esse núcleo, no mundo ocidental, é-nos dado pelo Cristianismo e, como pólo institucional, pelas Igrejas, nomeadamente a Igreja Católica.
Em segundo lugar, os valores fundamentais que ainda presidem à nossa cultura têm a sua origem no Cristianismo ou, se originados no mundo greco-latino, foram por ele retrabalhados e tornados disponíveis pela acção de dois milénios das Igrejas cristãs. Sem o Cristianismo, o nosso núcleo de valores – valores que inspiram coisas tão diversas como a caridade cristã, os devaneios marxistas sobre o homem novo, a separação entre a Igreja e o Estado, etc., etc. – perde sentido, tornando ainda mais precária a forma como nós, ocidentais, nos relacionamos com a vida e o mundo.
Em terceiro lugar, não há, a longo termo, vazios religiosos. Se o Cristianismo desaparecer, outra religião acabará, cedo ou tarde, por ocupar o seu lugar, matando os valores com que temos sido educados, matando, essencialmente, a liberdade, um dos valores centrais que o Cristianismo ajudou a implantar e a respeitar no mundo ocidental.
Depois da desilusão com as ideologias – essas pseudo-religiões políticas –, não resta ao homem ocidental, para permanecer como tal, senão o Cristianismo. Um bom Natal para todos.
www.kyrieeleison-jcm.blogspot.com
Cristianismo hoje, para quê?
Opinião » 2014-12-24 » Jorge Carreira MaiaPerante o actual estado de coisas, defendo a tese oposta. O Cristianismo é essencial para o Ocidente e, em particular, para a Europa. É um factor de conservação. Há que defendê-lo e ter a esperança que, onde a indiferença ou a negação religiosa tenham posto em causa o núcleo central dos valores cristãos, possa haver uma reversão. Três argumentos para defender esta tese.
Em primeiro lugar, se o mundo moderno, criado pelo Ocidente, tem uma natureza destrutiva, se tudo é, pela acção social e económica, constantemente destruído, então é necessário a existência de um núcleo de valores e de instituições que resistam, permaneçam e sirvam de referência aos homens e de elo entre as gerações. Esse núcleo, no mundo ocidental, é-nos dado pelo Cristianismo e, como pólo institucional, pelas Igrejas, nomeadamente a Igreja Católica.
Em segundo lugar, os valores fundamentais que ainda presidem à nossa cultura têm a sua origem no Cristianismo ou, se originados no mundo greco-latino, foram por ele retrabalhados e tornados disponíveis pela acção de dois milénios das Igrejas cristãs. Sem o Cristianismo, o nosso núcleo de valores – valores que inspiram coisas tão diversas como a caridade cristã, os devaneios marxistas sobre o homem novo, a separação entre a Igreja e o Estado, etc., etc. – perde sentido, tornando ainda mais precária a forma como nós, ocidentais, nos relacionamos com a vida e o mundo.
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Depois da desilusão com as ideologias – essas pseudo-religiões políticas –, não resta ao homem ocidental, para permanecer como tal, senão o Cristianismo. Um bom Natal para todos.
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