(Re) Educação
Opinião » 2014-11-28 » Afonso Borga
No caso do TEDx Lisboa ED, existe a particularidade do tema em debate ser exclusivamente a Educação e dos desafios da educação no século XXI, daí ser designado por TEDx Lisboa ED.
Foi uma tarde verdadeiramente inspiradora, numa plateia composta maioritariamente por professores e alunos, onde no final vi várias interrogações que tinham sido debatidas. Uma das coisas que esteve na ”ordem do dia”, e que sempre referi é que, hoje em dia, não são só os bons resultados escolares que contam para um empregador. Cada vez mais nos é exigido um ”background” de experiências e competências que não são adquiridos nos bancos da escola, mas sim em atividades extra-curriculares, em intercâmbios, em programas internacionais ou até em projetos de empreendedorismo. Cada vez mais se dá valor ao ”saber fazer”, à iniciativa e à criatividade e ainda que seja fundamental ter bons resultados escolares, hoje o mercado de trabalho procura pessoas que possam fazer a diferença e, acima de tudo, que sejam diferentes!
Uma das oradoras presentes referiu que os professores deixaram de ter o papel de ”transmissores de conhecimento”, mas sim a função de mediá-lo e orientar a forma como os alunos o recebem, já que, atualmente, os alunos conseguem esse conhecimento através de várias formas, como a internet e a oferta bibliográfica que existe.
Por último, uma situação que sempre me intrigou, que se prende com o nosso sistema de ensino e que já tinha tido a oportunidade de abordar noutras crónicas. Assistimos, cada vez mais, a uma formatação do ensino, onde aos cerca de trinta alunos de uma turma é exposta uma matéria que eles têm de aprender (muitos decoram) para demonstrarem o que sabem num teste. E onde, na maior parte das vezes, não são estimulados a pensar e a criar, correndo-se assim o risco de, muitas vezes, se desperdiçar talentos que existem nas crianças ou nos jovens e que podiam ser explorados! Compreendo que seja difícil de conceber outro sistema de ensino, devido, por exemplo, ao muitas vezes elevado número de alunos para poucos professores. Mas, em relação a esta questão, dou o exemplo da Escola da Ponte, cujo método de ensino se baseia nas chamadas escolas democráticas, que tem como princípio o ”desenvolvimento da pessoa em toda a sua plenitude, contemplando a aquisição, a compreensão, a operacionalização e o desenvolvimento dos conhecimentos necessários para se estar apto a acompanhar o atual mundo em mudança”, e onde são exploradas, desde cedo, competências como a criatividade, a liderança ou o trabalho em equipa, e que pode servir como alternativa ao sistema de ensino vigente.
Finalizando, deixo uma referência a Ken Robinson, que num evento TEDx proferiu um inspirador discurso, tendo como ponto de partida a questã não estaria a escola a ”matar” a criatividade? Vale a pena ver.
apborga@live.com.pt
(Re) Educação
Opinião » 2014-11-28 » Afonso BorgaNo caso do TEDx Lisboa ED, existe a particularidade do tema em debate ser exclusivamente a Educação e dos desafios da educação no século XXI, daí ser designado por TEDx Lisboa ED.
Foi uma tarde verdadeiramente inspiradora, numa plateia composta maioritariamente por professores e alunos, onde no final vi várias interrogações que tinham sido debatidas. Uma das coisas que esteve na ”ordem do dia”, e que sempre referi é que, hoje em dia, não são só os bons resultados escolares que contam para um empregador. Cada vez mais nos é exigido um ”background” de experiências e competências que não são adquiridos nos bancos da escola, mas sim em atividades extra-curriculares, em intercâmbios, em programas internacionais ou até em projetos de empreendedorismo. Cada vez mais se dá valor ao ”saber fazer”, à iniciativa e à criatividade e ainda que seja fundamental ter bons resultados escolares, hoje o mercado de trabalho procura pessoas que possam fazer a diferença e, acima de tudo, que sejam diferentes!
Uma das oradoras presentes referiu que os professores deixaram de ter o papel de ”transmissores de conhecimento”, mas sim a função de mediá-lo e orientar a forma como os alunos o recebem, já que, atualmente, os alunos conseguem esse conhecimento através de várias formas, como a internet e a oferta bibliográfica que existe.
Por último, uma situação que sempre me intrigou, que se prende com o nosso sistema de ensino e que já tinha tido a oportunidade de abordar noutras crónicas. Assistimos, cada vez mais, a uma formatação do ensino, onde aos cerca de trinta alunos de uma turma é exposta uma matéria que eles têm de aprender (muitos decoram) para demonstrarem o que sabem num teste. E onde, na maior parte das vezes, não são estimulados a pensar e a criar, correndo-se assim o risco de, muitas vezes, se desperdiçar talentos que existem nas crianças ou nos jovens e que podiam ser explorados! Compreendo que seja difícil de conceber outro sistema de ensino, devido, por exemplo, ao muitas vezes elevado número de alunos para poucos professores. Mas, em relação a esta questão, dou o exemplo da Escola da Ponte, cujo método de ensino se baseia nas chamadas escolas democráticas, que tem como princípio o ”desenvolvimento da pessoa em toda a sua plenitude, contemplando a aquisição, a compreensão, a operacionalização e o desenvolvimento dos conhecimentos necessários para se estar apto a acompanhar o atual mundo em mudança”, e onde são exploradas, desde cedo, competências como a criatividade, a liderança ou o trabalho em equipa, e que pode servir como alternativa ao sistema de ensino vigente.
Finalizando, deixo uma referência a Ken Robinson, que num evento TEDx proferiu um inspirador discurso, tendo como ponto de partida a questã não estaria a escola a ”matar” a criatividade? Vale a pena ver.
apborga@live.com.pt
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões » 2024-02-22 » Jorge Cordeiro Simões
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Avivar a memória - antónio gomes » 2024-02-22 » António Gomes Há dias atrás, no âmbito da pré-campanha eleitoral, visitei o lugar onde passei a maior parte da minha vida (47 anos), as oficinas da CP no Entroncamento. Não que tivesse saudades, mas o espaço, o cheiro e acima de tudo a oportunidade de rever alguns companheiros que ainda por lá se encontram, que ainda lá continuam a vender a sua força de trabalho, foi uma boa recompensa. |
Eleições, para que vos quero! - antónio mário santos » 2024-02-22 Quando me aborreço, mudo de canal. Vou seguindo os debates eleitorais televisivos, mas, saturado, opto por um filme no SYFY, onde a Humanidade tenta salvar com seus heróis americanizados da Marvel o planeta Terra, em vez de gramar as notas e as opiniões dos comentadores profissionais e partidocratas que se esfalfam na crítica ou no elogio do seu candidato de estimação. |
» 2024-02-28
» Hélder Dias
O Flautista de Hamelin... |
» 2024-03-08
» Maria Augusta Torcato
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato |
» 2024-03-18
» Hélder Dias
Eleições "livres"... |
» 2024-03-08
» Jorge Carreira Maia
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia |
» 2024-03-08
» Pedro Ferreira
A carne e os ossos - pedro borges ferreira |