Nacional porreirismo
Opinião » 2014-11-21 » Adelino Pires
Temos um registo tá-se bem e como alguém disse há dias, o nosso problema é de desobediência a menos, ou antes, de obediência a mais.
Vem isto a propósito da passividade e naturalidade com que vimos assistindo ao desmantelar, num fósforo, daquilo que levou séculos a construir e consolidar.
Uma nação não é uma empresa, nem tão pouco uma marca a qual se usa, abusa e se descarta. Construir uma nação não é propriamente subir tijolos, chapar cimento e cobrir com lusalite, telhas de barro ou chapas de zinco. Numa nação, as raízes são e serão sempre mais importantes do que as folhas. Estas, apesar de caírem, lá se vão renovando. Aquelas, uma vez destruídas, serão irrecuperáveis.
Uma nação constrói-se com tempo e a vários tempos. Com dor e sofrimento partilhados, com alegrias e orgulhos vivenciados. Constrói-se com referências morais e comportamentais, com instituições seculares e modelares, com testemunhos geracionais, com laços familiares e sociais.
Nas últimas décadas desmantelou-se o Império, porque ter terras fora do quintal já não fazia sentido. Da rosa dos ventos, remetemo-nos à geometria do rectângulo com uns pozinhos no Atlântico.
De cerviz dobrada perante vários poderes, tornámo-nos pequeninos. De sorriso e serviço incluídos, vamos recebendo uns turistas e vendendo o país a pataco. Vão-se os anéis e restam poucos dedos.
Quem pode e manda, pode muito e manda mal. A auto destruição do BES (o maior dos bancos privados), da PT (a maior das empresas privadas) e o que agora veio a lume a propósito dos ”Vistos Gold”, onde estarão envolvidos alguns dos mais altos responsáveis de instituições que deveriam ser insuspeitas e credíveis, representam o minar das raízes de um Estado.
Se o Estado são as suas instituições, a Nação é bem mais do que isso. É o seu povo e a sua identidade, a sua língua, cultura e tradições.
O nacional porreirismo permitiu que o Estado abanasse. Mas não pode permitir que a Nação se desenraíze.
Nacional porreirismo
Opinião » 2014-11-21 » Adelino PiresTemos um registo tá-se bem e como alguém disse há dias, o nosso problema é de desobediência a menos, ou antes, de obediência a mais.
Vem isto a propósito da passividade e naturalidade com que vimos assistindo ao desmantelar, num fósforo, daquilo que levou séculos a construir e consolidar.
Uma nação não é uma empresa, nem tão pouco uma marca a qual se usa, abusa e se descarta. Construir uma nação não é propriamente subir tijolos, chapar cimento e cobrir com lusalite, telhas de barro ou chapas de zinco. Numa nação, as raízes são e serão sempre mais importantes do que as folhas. Estas, apesar de caírem, lá se vão renovando. Aquelas, uma vez destruídas, serão irrecuperáveis.
Uma nação constrói-se com tempo e a vários tempos. Com dor e sofrimento partilhados, com alegrias e orgulhos vivenciados. Constrói-se com referências morais e comportamentais, com instituições seculares e modelares, com testemunhos geracionais, com laços familiares e sociais.
Nas últimas décadas desmantelou-se o Império, porque ter terras fora do quintal já não fazia sentido. Da rosa dos ventos, remetemo-nos à geometria do rectângulo com uns pozinhos no Atlântico.
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Se o Estado são as suas instituições, a Nação é bem mais do que isso. É o seu povo e a sua identidade, a sua língua, cultura e tradições.
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