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O Centro Hospitalar do Médio Tejo: a polémica, perplexidades e reflexões (1.ª parte)

Opinião  »  2014-06-13  »  Acácio Gouveia

”O primeiro passo da sabedoria consiste em conhecer as coisas em si mesmas” (Carl Lineu)

Parece consensual que a construção de três hospitais nesta metade do distrito de Santarém foi um tremendo erro. Curiosamente, a palavra de ordem é manter o status quo e reforçá-l primeira perplexidade.

Sendo a História fonte de ensinamentos e boa conselheira para quem quer evitar maus passos no futuro, relembremos que a sucessão de disparates se iniciou com a construção dum gigantesco hospital em Abrantes, nos anos 70, desproporcionado em relação às necessidades das populações da zona. O resultado está à vista: uma enorme e caríssima infraestrutura subaproveitada durante dezenas de anos. Agora que finalmente todo o edifício se encontra a uso, reconhece-se que está mal localizado e não serve convenientemente a população do nordeste do distrito.

Uma primeira liçã investimentos avultados em serviços não são panaceia contra a desertificação, ao contrário do que se pretende fazer crer. Não parece que a escolha de Abrantes para maternidade do CHMT tenha de alguma forma contribuído para o aumento de natalidade na região.

Como em Tomar e Torres Novas os hospitais funcionavam em instalações inadequadas, optou-se por substituí-las por novos edifícios.

É preciso recordar que algumas (poucas) vozes se levantaram nessa altura contra a construção de mais dois hospitais, em vez de um só, mas a política, ou antes, o bairrismo aliado à política, levou a melhor. As aspirações das populações destas cidades e as agendas partidárias impuseram a atual (má) solução. Investiram-se milhões em dois hospitais que hoje sabemos redundantes. Culpar o arco do poder não me parece sério, uma vez que, salvo erro, nenhum dos outros partidos se opôs a esta opção despesista e populista. Mais: culpar os políticos também é escamotear a popularidade que a proliferação de estruturas hospitalares gozava (e goza ainda hoje!). Quer isto dizer que se algum partido levantasse objeções à construção dos dois hospitais, perderia a credibilidade junto dos votantes. (Aliás os políticos dão imenso jeit são sempre os responsáveis por tudo o que corre mal!). Portanto, a construção de dois hospitais, embora errada, foi conducente com a vontade popular, que, pelos vistos, estava errada. As aspirações populares nem sempre coincidem com os verdadeiros interesses das populações. O mal não é serem populares, mas sim não serem esclarecidas; e não estão esclarecidas, porque a palavra dos técnicos não é valorizada.

aamgouveia55@gmail.com

 

 

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