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Capas negras

Opinião  »  2014-05-23  »  Afonso Borga

O trinar das violas deu o mote para o que se veio a tornar num momento único, ao passo que foi impossível conter, após algumas tentativas infrutíferas, a lágrima que escorreu pela face.

Após sete meses de ter pisado o chão de Lisboa chegava o momento de traçar a capa, um dos mais emocionantes momentos académicos, que traz em si o simbolismo de envergar, pela primeira vez, o traje académico, bem como o aproximar do final do primeiro ano.

Ao longo destes meses, fui praxado na primeira semana, ato que se repetiu mais um par de vezes, das quais se destaca o ”batismo”, momento que oficializa a condição de ”caloiro”. De destacar ainda a simbologia dos padrinhos e madrinhas de curso, os responsáveis por acompanhar e ajudar o caloiro, tanto nos primeiros tempos como no decorrer dos anos do curso.

Num ano em que as praxes foram tema de conversa, corre-se o risco de já nem se saber o que é a praxe, farto de ouvir, daqui e dali, tantas opiniões sobre a dita.

Vivia-a e dela guardo boas recordações, lembro-me de chegar bem cedo no primeiro dia, com um nervoso ”miudinho”, onde tudo era desconhecido, e hoje trocar um sorriso sincero com os colegas de curso, bem como com os mestres e doutores que me praxaram. É certo que considero abusivas muitas práticas de praxe. No entanto, em situação alguma presenciei atos excessivos por parte dos praxantes no meu curso, daí que tenha tido uma boa experiência de praxe.

Esses abusos, a que todos assistimos e ninguém fica indiferente, significam um mau uso ou abuso da praxe. No entanto, observo uma dificuldade de a praxe se definir a si mesma e, com tanta confusão, o debate torna-se impossível. É frequente ouvir-se dizer ”isso não é praxe”. Então, mas afinal, o que é a praxe? Não venham com o argumento do ”direito à humilhação”! Então, mas agora luta-se para se ser humilhado, pondo em causa toda a dignidade do Homem?

Se a praxe é integração, porque não associá-la a movimentos solidários, ou a gestos em prol do outro? Por exemplo, o ano passado, na faculdade que frequento, uma das praxes foi pintar uma escola. Outro exemplo foi um grupo de caloiros que teve de fazer uma recolha de bens alimentares, ou outros que foram para a rua distribuir ”abraços grátis”. Haverá melhor forma de integração de que unir os outros a favor de uma causa?

Fica a sugestão.

Mas como nem só de praxe vive o estudante, neste primeiro ano que está prestes a findar fiz amigos, conheci pessoas fantásticas, uma nova cidade, diferentes realidades, projetos inovadores, e pessoas que nos inspiram a cada dia que passa. Mas também fui confrontado com muitos problemas típicos de uma grande cidade, como o stress que marca o ritmo citadino, a apatia das pessoas e muitas vezes a falta de sensibilidade. A confusão nos transportes públicos ou os sem-abrigo que percorrem a cidade de noite!

apborga@live.com.pt

 

 

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