Estrutura amadora
Opinião » 2010-07-15 » Denis Hickel
Esta frase, em grande parangona na primeira página, provocou uma violenta reacção de Carlos Queirós que brindou o jornalista do ”Sol”, através das televisões, com os mais variados e violentos epítetos que o terá deixado com as orelhas a arder, negando as afirmações para depois as confirmar, mas em contexto diferente.
Carlos Queirós terá alguma razão. Mas antes de aceitar o cargo para que foi convidado por essa mesma estrutura amadora, Carlos Queirós sabia com o que poderia contar. Portanto, não pode agora pretender justificar o seu insucesso com o argumento falacioso que ninguém considera aceitável. Tanto mais que foi essa mesma estrutura, que classifica de amadora (e toda a gente sabe que o é), principescamente remunerada como se a sua postura fosse profissional, com as principais figuras dirigentes da FPF com excessivo tempo nos cargos que ocupa, que sabia do seu desempenho sempre que dirigiu selecções e clubes e que, mesmo assim, fez com ele um contrato milionário.
O Mundial para a selecção de Portugal chegou ao fim mais cedo do que o seleccionador queria. Mas pouco fez para prolongar a participação. Agora, vai ter a fase de apuramento para o campeonato da Europa, que se inicia já no próximo mês de Setembro. É tempo de começar a arregaçar as mangas, analisar o que correu mal e tomar as medidas adequadas a um melhor comportamento da selecção naquela prova. Foi fraco o desempenho da Selecção comandada por Carlos Queirós, sem ambição, principalmente em termos atacantes, exceptuando o jogo que provocou a maior goleada de sempre a uma selecção, à praticamente inexistente selecção da Coreia do Norte.
Todas as equipas que vão disputar o próximo campeonato nacional já deram início à nova temporada. Entradas e saídas de jogadores fazem as manchetes da Comunicação Social, ora com contratos de muitos milhões por parte dos principais candidatos ao título sobre jogadores que ingressam nesses clubes, ora com as hipóteses de venda dos direitos económicos e desportivos de alguns jogadores de maior qualidade e mediatismo que neles pululam.
Os três grandes deslocaram-se para países europeus para efectuar a pré-época. Como vem sendo hábito, sem que perceba bem porquê. Será que em Portugal essas equipas não encontram condições iguais ou semelhantes e porventura mais económicas? Não haverá em Portugal equipas, profissionais ou amadoras, tão boas ou melhores que as estrangeiras, capazes de disputar jogos de treino com os candidatos ao título?
Benfica, Futebol Clube do Porto e Sporting disputaram já alguns jogos treino. Vitória e derrota para o Benfica, vitória e empate para o Sporting, e empate para o Porto foram os resultados obtidos na curta duração dos estágios, até aqui.
No caso do Benfica, a derrota sofrida terá ficado a dever-se a dois erros infantis do guarda-redes espanhol contratado esta época pelos encarnados, pela módica quantia de 8,5 milhões de euros, que causou espanto a muita gente por não ser normal uma verba tão elevada para um jogador daquela posição.
O Sporting, com um novo treinador, a entrada de novos jogadores e a saída do capitão João Moutinho ainda procura o necessário entrosamento da equipa, para além do necessário apuro físico para uma época que se adivinha exigente, de forma a atingir os patamares que o seu técnico pretende.
Relativamente ao Futebol Clube do Porto, que ainda só disputou um jogo, o empate obtido com uma equipa amadora parece espelhar as várias mudanças operadas para esta época, principalmente a entrada de um novo treinador, com as inevitáveis diferenças de estilo em relação ao anterior, bem como a entrada de novos jogadores que terão necessariamente de se enquadrarem na nova filosofia de jogo que o técnico pretende implementar e a necessária condição física para enfrentar provas exigentes.
A nova época promete, e os adeptos do futebol estão na expectativa para ver.
Estrutura amadora
Opinião » 2010-07-15 » Denis HickelEsta frase, em grande parangona na primeira página, provocou uma violenta reacção de Carlos Queirós que brindou o jornalista do ”Sol”, através das televisões, com os mais variados e violentos epítetos que o terá deixado com as orelhas a arder, negando as afirmações para depois as confirmar, mas em contexto diferente.
Carlos Queirós terá alguma razão. Mas antes de aceitar o cargo para que foi convidado por essa mesma estrutura amadora, Carlos Queirós sabia com o que poderia contar. Portanto, não pode agora pretender justificar o seu insucesso com o argumento falacioso que ninguém considera aceitável. Tanto mais que foi essa mesma estrutura, que classifica de amadora (e toda a gente sabe que o é), principescamente remunerada como se a sua postura fosse profissional, com as principais figuras dirigentes da FPF com excessivo tempo nos cargos que ocupa, que sabia do seu desempenho sempre que dirigiu selecções e clubes e que, mesmo assim, fez com ele um contrato milionário.
O Mundial para a selecção de Portugal chegou ao fim mais cedo do que o seleccionador queria. Mas pouco fez para prolongar a participação. Agora, vai ter a fase de apuramento para o campeonato da Europa, que se inicia já no próximo mês de Setembro. É tempo de começar a arregaçar as mangas, analisar o que correu mal e tomar as medidas adequadas a um melhor comportamento da selecção naquela prova. Foi fraco o desempenho da Selecção comandada por Carlos Queirós, sem ambição, principalmente em termos atacantes, exceptuando o jogo que provocou a maior goleada de sempre a uma selecção, à praticamente inexistente selecção da Coreia do Norte.
Todas as equipas que vão disputar o próximo campeonato nacional já deram início à nova temporada. Entradas e saídas de jogadores fazem as manchetes da Comunicação Social, ora com contratos de muitos milhões por parte dos principais candidatos ao título sobre jogadores que ingressam nesses clubes, ora com as hipóteses de venda dos direitos económicos e desportivos de alguns jogadores de maior qualidade e mediatismo que neles pululam.
Os três grandes deslocaram-se para países europeus para efectuar a pré-época. Como vem sendo hábito, sem que perceba bem porquê. Será que em Portugal essas equipas não encontram condições iguais ou semelhantes e porventura mais económicas? Não haverá em Portugal equipas, profissionais ou amadoras, tão boas ou melhores que as estrangeiras, capazes de disputar jogos de treino com os candidatos ao título?
Benfica, Futebol Clube do Porto e Sporting disputaram já alguns jogos treino. Vitória e derrota para o Benfica, vitória e empate para o Sporting, e empate para o Porto foram os resultados obtidos na curta duração dos estágios, até aqui.
No caso do Benfica, a derrota sofrida terá ficado a dever-se a dois erros infantis do guarda-redes espanhol contratado esta época pelos encarnados, pela módica quantia de 8,5 milhões de euros, que causou espanto a muita gente por não ser normal uma verba tão elevada para um jogador daquela posição.
O Sporting, com um novo treinador, a entrada de novos jogadores e a saída do capitão João Moutinho ainda procura o necessário entrosamento da equipa, para além do necessário apuro físico para uma época que se adivinha exigente, de forma a atingir os patamares que o seu técnico pretende.
Relativamente ao Futebol Clube do Porto, que ainda só disputou um jogo, o empate obtido com uma equipa amadora parece espelhar as várias mudanças operadas para esta época, principalmente a entrada de um novo treinador, com as inevitáveis diferenças de estilo em relação ao anterior, bem como a entrada de novos jogadores que terão necessariamente de se enquadrarem na nova filosofia de jogo que o técnico pretende implementar e a necessária condição física para enfrentar provas exigentes.
A nova época promete, e os adeptos do futebol estão na expectativa para ver.
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões » 2024-02-22 » Jorge Cordeiro Simões
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Avivar a memória - antónio gomes » 2024-02-22 » António Gomes Há dias atrás, no âmbito da pré-campanha eleitoral, visitei o lugar onde passei a maior parte da minha vida (47 anos), as oficinas da CP no Entroncamento. Não que tivesse saudades, mas o espaço, o cheiro e acima de tudo a oportunidade de rever alguns companheiros que ainda por lá se encontram, que ainda lá continuam a vender a sua força de trabalho, foi uma boa recompensa. |
Eleições, para que vos quero! - antónio mário santos » 2024-02-22 Quando me aborreço, mudo de canal. Vou seguindo os debates eleitorais televisivos, mas, saturado, opto por um filme no SYFY, onde a Humanidade tenta salvar com seus heróis americanizados da Marvel o planeta Terra, em vez de gramar as notas e as opiniões dos comentadores profissionais e partidocratas que se esfalfam na crítica ou no elogio do seu candidato de estimação. |
» 2024-02-28
» Hélder Dias
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