O desaparecimento de Portugal
"Paulo Rangel esquece que Portugal já existia muito antes da recente emergência do Estado-Nação."
O eurodeputado do PSD, Paulo Rangel, derrama por aí que os Estados-Nação estão acabados. Irá chegar o dia em que Portugal e os portugueses não existirão, proclama. É um facto que o ataque ao Estado-Nação tem sido uma das estratégias para privar os mais fracos da protecção que, apesar de tudo, o Estado-Nação representou para eles. A forma como Rangel apresenta a sua visão parece que ela decorre da natureza das coisas, numa espécie de determinismo metafísico que traz com ele um destino irrevogável.
Com isto, Paulo Rangel esconde que a destruição do Estado-Nação é um projecto político voluntarista. Assenta na defesa de certos interesses e visa atingir outros interesses. Poderíamos dissertar sobre o facto de a direita ter, há muito, deixado de ser patriótica, tornando-se uma mera agência política dos interesses das multinacionais globais. Isto é um facto, mas não é isso que me interessa. O que me interessa é outra coisa.
Paulo Rangel esquece que Portugal já existia muito antes da recente emergência do Estado-Nação. O que aconteceu é que, a dado momento, Portugal se adaptou às novas modas e às novas circunstâncias geopolíticas. Por que razão deveria soçobrar com o putativo naufrágio do Estado-Nação? Não estará Rangel, e a direita com ele, a ocultar um desejo profundo sob a forma de uma inevitabilidade histórica? Muitas foram as inevitabilidades históricas, proclamadas por Paulos Rangéis de múltiplas cores, que eu vi perderem a sua aura inevitável e desaparecerem no caixote do lixo da história, uma expressão ao gosto de outros advogados da inevitabilidade histórica.
O desaparecimento de Portugal
Paulo Rangel esquece que Portugal já existia muito antes da recente emergência do Estado-Nação.
O eurodeputado do PSD, Paulo Rangel, derrama por aí que os Estados-Nação estão acabados. Irá chegar o dia em que Portugal e os portugueses não existirão, proclama. É um facto que o ataque ao Estado-Nação tem sido uma das estratégias para privar os mais fracos da protecção que, apesar de tudo, o Estado-Nação representou para eles. A forma como Rangel apresenta a sua visão parece que ela decorre da natureza das coisas, numa espécie de determinismo metafísico que traz com ele um destino irrevogável.
Com isto, Paulo Rangel esconde que a destruição do Estado-Nação é um projecto político voluntarista. Assenta na defesa de certos interesses e visa atingir outros interesses. Poderíamos dissertar sobre o facto de a direita ter, há muito, deixado de ser patriótica, tornando-se uma mera agência política dos interesses das multinacionais globais. Isto é um facto, mas não é isso que me interessa. O que me interessa é outra coisa.
Paulo Rangel esquece que Portugal já existia muito antes da recente emergência do Estado-Nação. O que aconteceu é que, a dado momento, Portugal se adaptou às novas modas e às novas circunstâncias geopolíticas. Por que razão deveria soçobrar com o putativo naufrágio do Estado-Nação? Não estará Rangel, e a direita com ele, a ocultar um desejo profundo sob a forma de uma inevitabilidade histórica? Muitas foram as inevitabilidades históricas, proclamadas por Paulos Rangéis de múltiplas cores, que eu vi perderem a sua aura inevitável e desaparecerem no caixote do lixo da história, uma expressão ao gosto de outros advogados da inevitabilidade histórica.
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
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![]() Agora que nos estamos a aproximar, no calendário católico, da Páscoa, talvez valha a pena meditar nos versículos 36, 37 e 38, do Capítulo 18, do Evangelho de João. Depois de entregue a Pôncio Pilatos, Jesus respondeu à pergunta deste: Que fizeste? Dito de outro modo: de que és culpado? Ora, a resposta de Jesus é surpreendente: «O meu reino não é deste mundo. |