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"Tenho enorme facilidade em compor se me dispuser a isso"

Cultura  »  2014-10-24 

Há mais de 10 anos que não compunha e gravava novos temas. Gonçalo Serras, ou melhor, Robert Meaning (espécie de heterónimo), é um canto-autor que busca incessantemente a perfeição. Ainda não a encontrou, admite. O actual registo, audível num disco com 12 temas, é fruto de uma interpretação ”realista e honesta” que fez do momento actual.

Depois de Fritz Kahn e Oliver Paine, o Gonçalo Serras agora é Robert Meanig. Quem é Robert Meaning e o que é feito dos anteriores ”artistas”, autores de belas canções?

Em primeiro lugar, obrigado pela oportunidade de ser entrevistado por antigo colega de banda com quem partilhei muitas aventuras, alegrias e algumas tristezas. Porquê agora Robert Meaning? Em poucas palavras, porque o som mudou, já não é o som de Fritz Kahn e Oliver Paine, posso dizer-te que é neste momento um som mais equilibrado, mais desempoeirado, mais contemporâneo. Robert Meaning também porque se acentuou neste trabalho o cuidado literário ao escrever as minhas canções. Isto é, as minhas letras estão melhores do que nunca e com bastante mais significado (meaning), a meu ver. Apesar de escrever em inglês, o que faz com que não seja tão compreendido como desejaria.

Há mais de 10 anos que não compunhas novos temas. Porquê, e de onde surgiu esta repentina inspiração para a escrita e respectiva composição musical?

Surgiu da insistência de vários amigos, e entre os muitos tenho de destacar o padre Borga e o Pedro Dionísio, que foram incansáveis a tentar devolver-me aos palcos. O Pedro Dionísio, por exemplo, cedeu-me o estúdio dele a custo zero para eu poder gravar e convidava-me constantemente para tocar com ele. O padre Borga convidou-me a participar num espectáculo de talentos do Entroncamento, quando ninguém se lembrava de mim. Pois aqui estou eu. A verdade é que tenho enorme facilidade em compor se me dispuser a isso. Ao mesmo tempo isso exige uma concentração intensa, de tal forma que neste momento por exemplo, não me apetece compor absolutamente nada pois sinto-me cansado desse esforço. Também agora entro numa fase de alargar a minha base de fãs e de tentar arranjar quem me queira pôr a cantar, o que não é fácil. A competição é muita.

As canções foram gravadas num ”home studio”, com a colaboração de Pedro Dionísio. O resultado final corresponde às tuas expectativas?

Está longe de corresponder às minhas expectativas mas foi o que se pôde arranjar. Todo o dinheiro que tinha para investir, gastei-o numa música apenas, ”My mind is set on you”, gravada e produzida num estúdio americano (studiopros.com), ou seja, cerca de 1000 dólares. Este estúdio conta com músicos de classe mundial e um engenheiro de som com uma nomeação para os Grammy. Poderás ver a qualidade dessa mesma gravação em www.robertmeaning.bandcamp.com Será esse o tema que irei tentar promover junto de editoras, rádios, etc.

Os temas formam gravados quando e durante quanto tempo?

O single demorou cerca de um mês a gravar, cada etapa do processo, ou seja cada instrumento tinha de ser aprovado um a um, primeiro a bateria, depois o baixo. Finalmente teve de se gravar a voz em Portugal no estúdio do Pedro Dionísio, enviar novamente para os EUA para ser misturada e masterizada com as restantes faixas. Quanto às estantes faixas foram feitas numa tarde em casa do Pedro Dionísio.

Este é o teu segundo disco?

Na verdade é o meu terceiro disco. Tive um EP (4 temas) chamado Autumn Leaves, depois gravei o álbum com 16 temas chamado Fritz Kahn & The Miracles em homenagem à banda que me acompanhou os 1000 agres. Este é a minha obra prima até agora, tem 12 temas, mas posso dizer que compus cerca de 50 temas e tive de deitar os restantes fora. Muitos deles até eram músicas interessantes mas não se adequavam ao espírito do CD.

Nesta nova fase da tua carreira escolheste cantar músicas a sol a acompanhar-te tens apenas a tua guitarra. Este registo intimista deve-se a quê?

Deve-se à falta de dinheiro (risos). É óbvio que preferia ter uma banda a acompanhar, mas a verdade é que os músicos fazem-se pagar, os estúdios também e a verdade é que não tenho tantos fãs como os necessários para gravar com banda. Foi uma gravação realista e honesta numa fase da minha vida em que toda a gente tem os seus projectos (familiares por exemplo) a que têm de dedicar toda a atenção como é natural.

Dizes que o maior prazer de um músico é ter a sua música escutada por muitas pessoas. Foi essa a razão pela qual os temas foram disponibilizados na Internet e podem ser escutados livremente?

É a razão fundamental. Quando era mais jovem sentia que me bastava com a minha viola, mas o tempo vai passando e verificamos que a música foi feita para ser partilhada. Mesmo que cobrasse alguma coisa, não chegaria nem de perto para as despesas. Por isso prefiro ir alargando a minha base de fãs para que um dia, quem sabe, a procura justifique tabelar monetariamente as minhas canções. Por enquanto não justifica. Não quero no entanto com isto dizer que as músicas não têm qualidade: isso não é verdade. Fui um dos 15 finalistas do International Songwriting Competition entre mais de 15.000 concorrentes de todo o mundo. Fui convidado do Festival Super Bock Super Rock e da EMI Music Portugal no Castelo de S. Jorge. Fui finalista do TMN Garage Sessions, do termómetro unplugged por três vezes consecutivas e toquei no palco principal da Casa da Música no Porto. A música tem qualidade, mas tem dificuldade em encontrar ouvintes. Por isso, anulam-se as barreiras à entrada e ofereço as novas canções em www.robertmeaning.bandcamp.com em troca do vosso email para vos ir convidando para os meus espectáculos.

Qual a receptividade que tens tido das novas canções. Inclusivamente, algumas já foram tocadas ao vivo.

Um silêncio estranho e respeitador da maior parte das pessoas. Os que se manifestam, normalmente tecem bons elogios. Mas para vingar na música é preciso muito mais do que elogios e estou a trabalhar para esse algo mais.

 

 

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